Lançado em Setembro de 1975, "Caress Of Steel" foi o 3º álbum da carreira do Rush, possivelmente seu álbum mais subestimado. Em "Caress Of Steel" a banda resolve entrar de cabeça no mundo progressivo, com arranjos mais complexos, músicas muito mais longas e cheias de contratempos, além de seguir uma unidade em seu todo. As letras também seguiam uma temática típica das músicas características dessa vertente do rock. Pela primeira vez se viu uma peça épica num álbum da banda. No entanto, aquilo que foi concebido como uma obra inspiradíssima não recebeu de boa parte do público e, sobretudo, da crítica uma melhor acolhida. Uma verdadeira enxurrada de avaliações negativas foi despejada sobre as cabeças de Lee, Lifeson e Peart. Falou-se que os canadenses quiseram dar um passo maior que a própria perna, que o disco era pretensioso demais, que a banda claramente ainda não tinha domínio dos artifícios necessários para dar vida às suas ideias, que ainda estavam passando por um duro processo de aprendizado até desenvolverem a habilidade e criatividade que demonstrariam em discos posteriores. A aceitação do público também não foi lá essas coisas. Apesar de ter um início de vendagens um pouco melhor que seu antecessor, o terceiro álbum da banda perderia fôlego nos charts rapidamente. Em consequência disso, como de praxe, sofreriam por parte da indústria todo tipo de pressão para pasteurizar seu som nos trabalhos seguintes, gravando canções menores e que fossem mais fáceis de serem assimiladas pelo público.
Faixas:
1) Bastille Day
2) I Think I'm Going Bald
3) Lakeside Park
4) The Necromancer
I. Into Darkness
II. Under The Shadow
III. Return of the Prince
5) The Fountain of Lamneth
I. In the Valley
II. Didacts and Narpets
III. No One at the Bridge
IV. Panacea
V. Bacchus Plateau
VI. The Fountain
Duvido que alguém fique indiferente ouvindo Bastille Day, por exemplo, um petardo hard rock que conta sobre a Revolução Francesa. Os outros destaques ficam para The Necromancer e The Fountain of Lamneth, puro rock progressivo. O disco é a cara de Neil Peart com músicas conceituais e calcadas em ficção científica. Como o Rush nunca foi chamado de “popular”, há que se ouvir todas as faixas cuidadosamente, e depois disso, tecer comentários.
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