segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Dicas

Não sou muito de divulgar mensagens como essas, mas ao recebe-la de uma amiga, achei muito pertinente. Foi atribuída a Herbert Viana, guitarrista do Paralamas do Sucesso, e gostei, sendo dele ou não.


"Cirurgia de lipoaspiração? Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que eu não sei,nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo  que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode,  envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.  A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero me sentir legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas... Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é,  não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.   Que eu me acalme. Que o amor sobreviva."
“Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.”  


Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para os filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta? Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...



terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Rock - UFO no Brasil



Segundo press-release da Ticket Brasil, a banda UFO estará  pela primeira vez no país com sua formação "clássica", e divulgando seu último trabalho, The Visitor e prometem fazer o chão tremer com shows que entrarão para a história. A data do show é 26 de maio às 20hs, numa quarta-feira (?!)



A banda UFO, foi formada em 1969, com Phil Mogg (vocal), Pete Way (baixo), Andy Parker (bateria) e Mick Bolton (guitarra). Primeiramente nomeada Hocus Pocus, o grupo teve seu nome mudado para UFO logo depois. Com essa formação lançaram dois álbuns que levaram o nome de "UFO 1" e "Flying". Apesar desses álbuns não terem obtido um grande sucesso comercial, alguns fãs consideram essa a melhor fase da banda.
Em 1974, quando já faziam um relativo sucesso na Alemanha e no Japão, Bolton deixou a banda, dando lugar a Larry "Wallis" Wallace ( 1º guitarrista do Motörhead ), depois a Bernie Marsden, que viria a tocar com o Whitesnake e logo depois deu lugar, finalmente, ao excelente Michael Schenker, que já havia tocado com o Scorpions.
Com Michael na banda, aconteceu algo bastante incomum, pois Phil foi o fundador e frontman da banda, mas era Michael quem chamava todas as atenções. Mesmo assim, a banda tocou e obteve contatos até que conseguiu um contrato com a Chrysalis, onde gravaram o excelente álbum "Phenomenon", com os clássicos "Doctor, Doctor" (que chegaria a ser coverizada pelo Iron Maiden) e "Rock Bottom".
Em 1976 a banda acrescentou à sua formação o tecladista Danny Peyronel, que depois daria lugar a Paul Raymond. Os excelentes álbuns "Lights Out" e "Strangers In The Night" viriam, então, a firmar definitivamente o UFO na historia do hard rock.
Em 1978 Michael saiu da banda, voltando ao Scorpions onde gravou somente três faixas no álbum "Lovedrive" e depois formando o Michael Schenker Group. Paul Raymond foi acompanhar Michael em 1980 e para seu lugar no UFO foi chamado Neil Carter. Nessa época Pete Way formou o bom Waysted, que teve Fast Eddie Clarke (ex-Motörhead) na formação. Para o lugar de Pete foi chamado o ex-The Damned, Paul Gray.
Em 1983 foi anunciado o fim da banda, que ressurgiria dois anos mais tarde com Phil Mogg, Raymond, Gray e os novos integrantes Jim Simpson e Tommy M. Com essa formação gravaram o álbum "Misdemeanor", que apesar de ser um bom álbum, não foi um sucesso de vendas. E mais uma vez o fim da banda é anunciado.
Em 1991, um novo ressurgimento, com apenas Mogg e Way da formação clássica, acompanhados pelo baterista Clive Edwards e pelo guitarrista Lawrence Archer. A banda lançou, então, o álbum "High Stakes And Dangerous Men", com algumas referências ao estilo dos álbuns "Phenomenon" e "Lights Out".
Em meados da década de 90 Michael voltou à banda, mas permaneceu por pouco tempo, voltando a seus projetos solo. A volta não passou de uma tentativa de levantar dinheiro. O grupo chegou a se apresentar novamente com Mogg, Way, Raymond, Wright e Jeff Kollman no lugar de Michael. Jeff havia tocado baixo no Michael Schenker Group. Em 95 Michael Schenker voltaria novamente, gravando o disco "Walk on Water" e dividindo seu tempo entre o UFO, Michael Schenker Group e outros trabalhos solo.
Em 1999 foi lançado um tributo ao UFO no Japão, com bandas como ScorpionsBruce DickinsonMegadethMetallica, DioAnthraxAnvil, entre outras. Os últimos álbuns da banda são The Monkey Puzzle e The Visitor. 
Apesar da formação clássica anunciada, a atual não inclui Michael Schenker. Atualmente a banda está desfalcada, desde que o baixista original Pete Way se afastou dos trabalhos com o grupo devido a um problema de saúde. A atual formação conta com Phil Mogg (voz), Paul Raymond (teclado, guitarra), Andy Parker (bateria) e Vinny Moore (guitarra). 

PS: Realmente seria um show imperdível, não fosse numa quarta-feira!!!!!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Meu Fusca apimentado

Para todo bom fusqueiro que se preza, até nas pequenas coisas o besouro tem que estar presente. É o caso desse presente que ganhei hoje do meu genro: uma frasco de pimenta em forma de Fusca. Muito original e bonito. Valeu!!




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Rush - Discografia


Mais uma metamorfose na carreira da banda que nunca lançou dois discos iguais. Feedback, como todo mundo é um EP com sete covers de grupos que serviram de background para a carreira do Rush. São versões descompromissadas de standards do rock e do blues que ganharam versões feitas com grande apuro e de modo radicalmente diferente do que estamos acostumados a ouvir nos trabalhos do trio canadense.
Em primeiro lugar, deve ser dito que Feedback é, antes de qualquer coisa, um disco muito divertido de se ouvir. São músicas muito bem escolhidas e, como já era de se esperar, executadas com o mais alto grau de perfeição. Não existe lugar para grandes reflexões nem para a parafernália eletrônica que marcaram alguns dos mais significativos discos da longa carreira do Rush.
Após trinta anos de estrada (na verdade, o Rush estava comemorando trinta anos do lançamento do primeiro álbum, já que Geddy Lee e Alex Lifeson estão na estrada desde 1968) o Rush se reinventou mais uma vez, radicalizando na simplicidade que marcou o então último lançamento de estúdio (Vapor Trails, de 2002), alcançando um misto sumamente interessante entre a simplicidade do primeiro disco auto-intitulado, lançado em 1974, e toda a experiência acumulada ao longo de dezenas de excursões bem-sucedidas ao redor do mundo e mais de 35 milhões de discos vendidos. Em resumo, é um disco que poderia muito bem ter sido lançado há uns 25 anos, mas que soa como novidade, no mercado de música que anda tão carente delas ultimamente.
O disco abre com uma versão maravilhosa para "Summertime Blues". Só agora eu descobri que esta música não é do Blue Cheer, mas do Eddie Cochran. O Rush fez uma versão muito próxima daquela imortalizada pelo Cheer. O arranjo é simples (bem, simples para o Rush, que fique bem claro isso) e, seguramente é a faixa mais pesada do disco. Tem um pouco aquele clima de Anthem, Beneath, Between and Behind e todos aqueles clássicos da primeiríssima fase do Rush. Lifeson não economiza em riffs e distorção. Peart, apesar de bem mais discreto e econômico do que costuma ser (entenda isso como o seguinte: Peart não faz aqueles malabarismos que deliciam todos os fãs da banda, mas ele está, como sempre, tocando demais) e os vocais de Geddy Lee conseguem transmitir o sentimento da música de modo perfeito. Esta versão do Rush está também muito próxima daquela que pode ser ouvida no Live at the Isle of Wight Festival, do The Who.
O disco segue com um momento mais "calmo". Desta vez, é uma música do Yardbirds, lançada originalmente em 1965. É uma música muito bonita, com uma melodia de guitarra marcante e grande interpretação de Lee. Novamente, a simplicidade de Peart chama a atenção. O mago das baquetas consegue transmitir a atmosfera de uma canção gravada há quase quarenta anos sem nos deixar esquecer quem é o baterista em nenhum instante. É impressionante como a pegada de Peart parece ter uma assinatura própira.
Na seqüência, "For What it´s Worth", do Buffalo Springfield. É a faixa mais lenta do disco. Novamente, uma grande interpretação de Geddy Lee e solos inspiradíssimos de Lifeson.
"The Seeker" é uma das faixas menos conhecidas do The Who e mereceu uma atençao toda especial do Rush. Os timbres usados por Lifeson são quase idênticos aos de Pete Townshend. Peart executa a levada de Keith Moon com perfeição, mas o Rush não se limitou a reproduzir a canção original, dotando-a de personalidade, especialmente na interpretação de Geddy Lee.
"Shapes of Things", outra do Yardbirds (que, na época do gravação original, em 1968, contava com um sujeito chamado Jimmy Page na formação) é outra faixa empolgante. Desta vez, não temos um Peart contido, mas aquele Peart que impressiona com grooves e linhas de bateria absolutamente magistrais.
"Crossroads" fecha o disco. O blues de Robert Johnson, imortalizado pelo Cream ficou simplesmente perfeito na voz de Geddy Lee.
Resumo da história: Feedback não é bom. É maravilhoso! O Rush superou até mesmo as expectativas mais delirantes dos fãs. A renovação da banda. Não é à toa que, apesar dos inúmeros clássicos que voltaram a ser executados pelo grupo nos shows da última tour, os pontos altos das apresentações acontecem quando a banda toca "Crossroads", "Summertime Blues" e "The Seeker". Isto porque Feedback tem exatamente aquilo que todo fã de rock gosta: muitas guitarras e muita honestidade. Em pouco menos de trinta minutos (tempo aproximado de duração de Feedback), o Rush consegue fazer o que muitas bandas tentam fazer em décadas de carreira sem jamais conseguir: tocar com o coração e expressar-se artisticamente sem falsidades e sem máscaras. Indispensável, obrigatório e, acima de tudo, uma aula de boa música.


Por Sílvio Costa | Em 11/07/04