sexta-feira, 30 de julho de 2010

Rock - O Peso


O Peso foi um grupo de rock brasileiro, formado na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70.
Em 1972, os cearenses Luiz Carlos Porto(Vocalista) e seu parceiro Antônio Fernando foram do Ceará, para o Rio de Janeiro. Com a música "O Pente", a dupla participou da sétima edição do Festival Internacional da Canção. Após o evento, a dupla se dissolveu, e Luís Carlos manteve contatos com diversos músicos da cidade. Dois anos depois, quando retornou ao Rio, o vocalista fundou o grupo O Peso, junto com Gabriel O'Meara (guitarra), Constant Papineau (piano), Carlos Scart (baixo) e Carlos Graça (bateria).
Em 1975, a banda assinou contrato com a gravadora Polydor e lançou o LP "Em busca do tempo perdido", no qual mesclava elementos do blues e do rock. No mesmo ano, o grupo lançou o compacto "Sou Louco por Você/Me Chama de Amor", pela mesma gravadora. O destaque da banda fica por conta dos vocais de Luiz Carlos Porto, especialmente nas músicas “Lúcifer” e Não fique Triste”.
No final dos anos 70, o grupo encerrou as atividades. Em 1984, com a revitalização do rock no Brasil, o grupo retornou às atividades, apenas com Luiz Carlos da formação original. Nesse período, o grupo apenas fez shows tocando seu antigo repertório e não lançou novos discos.

Discografia
Disco: Em Busca do Tempo Perdido
Faixas:
§  1. Sou louco por você
§  2. Não fique triste
§  3. Me chama de amor
§  4. Só agora
§  5. Não sei de nada
§  6. Blues
§  7. Lúcifer
§  8. Boca louca
§  9. Cabeça feita
§  10. Em busca do tempo perdido 

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Recordando o Vale das Maçãs - o show

Falar de rock progressivo para mim é muito fácil. Ainda mais depois de sair de um show, como o de agora a pouco, do Recordando o Vale das Maçãs! Os caras mandam bem demais, conservando muito vivo o sentimento do rock progressivo. Porque acho que esse tipo de música não é para qualquer pessoa. Para ouvir adequadamente, é preciso ter sensibilidade, porque é uma viagem musical.
O show começa com "It's Time to Change", com uma introdução que lembra um pouco o começo de Xanadu, do Rush. Em seguida vem "Universe", "Someday Beyond", "Earth", a belíssima "Eremita", até chegar "Água". Essa última, em especial, tem uma intro muito bem elaborada, com o baterista Tom Zé (um verdadeiro Neil Peart brasileiro), fazendo ruído de água com o próprio elemento natural e Lael Lopes detonando no sintetizador. Me lembrou o Tangerine Dream, mais precisamente, Edgar Froese, em seu disco solo "Aqua" (altamente recomendável). Logo após, mandam com "O Ciclo da Vida". No bis, a estratosférica "Relembrando o Vale das Maçãs", apesar do folheto do set list apontar a música "Civilização Maia". Achei que faltou "Himalaia", mas já perdoei.
Há exatamente 1 ano e 8 dias atrás, o RVM esteve tocando aqui, também no Julhofest, mas desta vez me pareceu uma banda diferente. A pegada está mais forte, mas não menos empolgante para os fãs do prog rock, mostrando uma certa evolução da banda. Lael Lopes (tecladista), que comparei a Mark Kelly (Marillion) na última apresentação, parece mais um Rick Wakeman. Para mim ele é base da banda, junto com o guitarrista Fernando Pacheco. O baixista, Giuliano Tiburzio, me lembra o vocalista do Rush, Geddy Lee, com seu timbre de voz. Tom Zé Bortoloto, dispensa comentários, mas eu os faço sem medo: simplesmente perfeito, um virtuose, como se dizia antigamente, mas que se aplica muito bem ao baixinho das baquetas. 
Palavras chave: um show perfeito; platéia, como sempre nesse tipo de música, seleta; banda excelente, como poucas hoje em dia. E para terminar: uma noite perfeita! Relaxante e ao mesmo tempo vibrante. 

domingo, 25 de julho de 2010

Rock progressivo - Recordando o Vale das Maçãs no Julhofest 2010

Na próxima quarta-feira, dia 28 de Julho, como parte das atrações do Julhofest, a banda de rock progressivo "Recordando o Vale das Maçãs estará se apresentando na cidade. Já apresentada nesse blog, a banda nasceu em 1973, em Santos, no litoral paulista. A formação atual ainda conta com um dos fundadores, o guitarrista Fernando Pacheco, além de Giuliano Tiburzio  (baixo e vocal), Lael Campos  (sintetizadores) e Tom Zé (bateria). O show será ás 20:00h e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro da Urca.  

Quem não conhece a banda terá uma excelente oportunidade de ouvir música da melhor qualidade. Eles já estiveram por aqui no ano passado. Imperdível!

sábado, 24 de julho de 2010

Rock progressivo - O Terço

O Terço é uma banda brasileira formada no Rio de Janeiro em 1968 por Jorge Amiden (guitarra), Sérgio Hinds (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). A banda começou tocando rock clássico, mas logo tendeu ao rock progressivo e ao rock rural e MPB caracterizando o som e a diversidade musical da banda.
Segundo o guitarrista Sérgio Hinds (único membro presente em todas as formações da banda), a palavra terço foi escolhida como nome da banda porque é uma medida fracionária que corresponde a três ou a "terça parte de alguma coisa", como num rosário. O Terço caiu como uma luva devido a primeira formação da banda, que era a de trio (guitarra, baixo,bateria). Inicialmente, o nome escolhido tinha sido "Santíssima Trindade", mas para evitar atritos com a Igreja Católica, foi adotado "O Terço".
O Terço originou-se basicamente de dois grupos, o Joint Stock Co. (que integrava Jorge Amiden, Vinícius Cantuária, Cezar de Mercês e Sérgio Magrão) e Hot Dogs (que integrava Sérgio Hinds). Todos eles viriam a fazer parte da banda em diversas ocasiões. O Terço surgiu no final da década de 1960 e a primeira formação foi: Sérgio Hinds no baixo, Jorge Amiden na guitarra e Vinícius Cantuária na bateria. Esta formação gravou o seu primeiro LP em 1970, com uma mistura de rock 50, folk e música clássica.
O Terço nesta época tocava em diversos festivais. Com a canção "Velhas Histórias", composta por Renato Côrrea e Guarabyra, o grupo ganhou o Festival de Juiz de Fora. Em um festival universitário, a banda ficou em 2º lugar defendendo a música "Espaço Branco" de Vermelho e Flávio Venturini (que mais tarde viria a integrar o grupo). A banda também classificou as músicas "Tributo ao Sorriso" (3º lugar) e "O Visitante" (4º lugar), em duas edições do Festival Internacional da Canção (FIC), o que levou a banda a se tornar o grupo revelação pela mídia especializada, com destaque para o vocal trabalhado em falsete, que era uma das características da banda e que encantava o público.
Sérgio Hinds havia se afastado do grupo para tocar com Ivan Lins. Foi então que Jorge Amiden chamou Cezar de Mercês para integrar o grupo como baixista. Sérgio Hinds voltou logo depois para completar o quarteto. Com inovação e criatividade, em parceria com Guarabyra, o grupo criou o violoncelo elétrico (tocado por Sérgio Hinds) e a guitarra de três braços (apelidada de "tritarra", tocada por Jorge Amiden). Foi assim que O Terço lançou um belo compacto duplo com cinco músicas, entre elas, um tema de Bach, que mostrava bem a influência clássica da banda.
Logo depois, Jorge Amiden que até então era a principal mente criadora de O Terço, se desentende com o grupo e o deixa. Em acordo entre os outros três integrantes, Sérgio Hinds registrou o nome "O Terço" para que Jorge Amiden não o fizesse. Após a saída do grupo em 1972, Amiden criou um novo grupo chamado Karma, junto com os músicos Luiz Mendes Junior (violão) e Alen Terra (baixo). O Karma gravou um belo disco ainda neste ano e depois se desfez.
O Terço passou então a ser Sérgio Hinds (guitarra), Cezar de Mercês (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). Ainda em meados de 1972, O Terço participou da gravação do disco "Vento Sul" de Marcos Valle. Também participaram em algumas faixas o trio "Paulo, Claudio e Maurício", formado pelos irmãos gêmeos Paulo e Claudio Guimarães (flauta e guitarra) e pelo arranjador Maurício Maestro, além do guitarrista Frederiko (Fredera), ex-Som Imaginário. O Terço junto com Marcos Valle fizeram uma turnê por todo país e tocaram no Festival do Midem em Cannes, na França.
Influenciados pelo rock progressivo inglês, O Terço mudou a sua sonoridade e em 1972 lançou um compacto mais pesado com as músicas "Ilusão de Ótica" e "Tempo é Vento". No ano seguinte O Terço lançou o segundo disco (homônimo). No disco o grupo mostra que queria mesmo era tocar rock progressivo. O destaque do disco é a longa suíte chamada "Amanhecer Total" (com seis temas), composto pelos três integrantes e que conta com a participação de Luiz Paulo Simas nos teclados sintetizadores (Módulo 1000), Patrícia do Valle com a voz na introdução do tema "Cores", Chico Batera na percussão e Maran Schagen encerrando o tema "Cores Finais" no piano. O músico Paulo Moura também participou do disco, tocando saxofone alto na música "Você aí".
Após a gravação do segundo disco, Vinícius Cantuária deixou a banda para tocar com Caetano Veloso. Entraram na banda Sérgio Magrão (baixo) e Luiz Moreno (bateria) para tocar junto com Sérgio Hinds (guitarra) e Cezar de Mercês (guitarra base).
A aproximação do grupo com Sá e Guarabyra deu um guinada na carreira de O Terço. Na época, eles foram convidados a gravar um disco com a dupla (Nunca, 1974).Esta proximidade com o chamado "rock rural" da dupla influenciou muito a sonoridade da banda em sua fase posterior. Sérgio Hinds pediu a indicação de um tecladista para Milton Nascimento, que indicou Flávio Venturini. Com o novo tecladista, O Terço começou, já em 1974, a gravar o terceiro disco da banda. Cezar de Mercês deixou o grupo, mas continuou como compositor e colaborador da banda.
Em 1975, Sérgio Hinds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria) e Flávio Venturini (teclado e viola), concluíram a gravação de seu terceiro disco, o "Criaturas da Noite". A capa do disco foi elaborada por Antônio e André Peticov e foi chamada de "A Compreensão". O disco começa com o pulsante baixo de Magrão, introdução do simples rock "Hey Amigo", composição de Cezar de Mercês que se tornou um dos maiores clássicos da banda. A influência do rock rural é bastante presente nas faixas "Queimada" e "Jogo das Pedras" (ambas de Flávio e Cezar de Mercês). A belíssima faixa-título "Criaturas da Noite" (Flávio Venturini / Luiz Carlos Sá), conta com os arranjos de orquestra do maestro Rogério Duprat. O disco traz as instrumentais "Ponto Final" (do baterista Luiz Moreno, que toca piano na introdução da música) e a suíte instrumental "1974", composta por Flávio Venturini e que fecha com chave de ouro como o maior destaque do disco e já foi eleita a melhor música em todas as enquetes feitas pelos fãs do grupo. Visando mercado internacional, a banda gravou o vocal deste disco em inglês e lançou o "Creatures of the Night". O disco Criaturas da Noite é até hoje uma das maiores referências entre os discos de rock progressivo nacional e internacional também. Alguns o consideram o maior disco deste gênero no país.
Em 1976, o grupo foi morar em uma fazenda, em São Paulo. Lá foi concebido todo o novo disco do grupo, que levou o nome de "Casa Encantada". O disco segue a linha do anterior, com rock progressivo, músicas instrumentais e a influência definitiva do rock rural. O destaque inicial fica por conta do percussionista Luiz Moreno que faz a voz solo das duas primeiras faixas do disco, "Flor de La Noche" e "Luz de Vela" (ambas compostas por Cezar de Mercês). A faixa "Sentinela do Abismo" (Flávio Venturini / Márcio Borges) é uma música solo do tecladista no disco (cantada e tocada apenas por ele) com um arranjo de cordas regido por Rogério Duprat. Cezar de Mercês participou como flautista na belíssima faixa-título "Casa Encantada" (Flávio Venturini / Luiz Carlos Sá). Seguindo a qualidade técnica do disco anterior, este é considerado o melhor disco do grupo depois de "Criaturas da Noite". O disco é encerrado com uma faixa da dupla Sá e Guarabyra, a ruralissíma "Pássaro".
Segundo informações da banda, O Terço seguia fazendo uma média de 200 concertos por ano. O sucesso de público era total, seja em teatros ou casas de eventos. Nessa época foi que ocorreu o lendário concerto em homenagem aos Beatles junto com os Mutantes. Nos concertos, a banda também tocava músicas inéditas que ainda não haviam sido gravadas ainda, como a instrumental "Suíte" (Flávio Venturini) e "Raposa Azul" (Flávio Venturini / Sérgio Hinds).
Em meados de 1977, Flávio Venturini decidiu deixar o grupo para fazer um trabalho junto com Beto Guedes. Cezar das Mercês voltou ao grupo e trouxe com ele o tecladista Sérgio Kaffa. Ainda neste ano, com a nova formação, o grupo lançou um compacto com as músicas "Amigos" e "Barco de Pedra", ambas compostas por Cezar. A sonoridade do grupo se voltou mais para a MPB, mas sem esquecer suas raízes rock-progressivas.
O quinto disco da banda, "Mudança de Tempo", foi lançado 1978. O disco segue praticamente a linha dos dois anteriores, com músicas instrumentais, progressivas, mas sempre com diversidade musical. Só para lembrar, a formação do grupo era Sérgio Hinds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria), Cezar de Mercês (violão e flauta) e Sérgio Kaffa (teclados). Este disco fechou uma trilogia sonora iniciada com o disco "Criaturas da Noite" e o contrato com a gravadora Underground/Copacabana. A progressiva faixa-título "Mudança de Tempo" (Cezar de Mercês) é um dos grandes destaques do disco. Outros destaques do disco são as participações do maestro Rogério Duprat e de Rosa Maria (que canta uma música chamada "Minha Fé", uma canção bem ao estilo gospel norte-americano). Este disco confirma O Terço como um dos grandes nomes do rock da década de 1970 apesar de algumas críticas desfavoráveis.
Nesta época O Terço fez o seu primeiro concerto internacional, no chamado "Concerto Latino-Americano de Rock". Foram três concertos no Brasil (São Paulo no Ibirapuera, Campinas e Belo Horizonte) e dois concertos na Argentina (em Buenos Aires, no Luna Park e em Rosário).
O Terço vinha cumprindo a sua agenda de concertos normalmente. Mas o desgaste com a gravadora e com gravação do último disco e com as críticas foi desgastando o grupo também. Além disso, Sérgio Hinds havia sofrido um acidente o que o impossibilitou de continuar a tocar por um bom tempo. Para a ocasião, a banda contratou Ivo de Carvalho para ocupar a guitarra e terminar os possíveis compromissos. Ainda em 1978, o maior grupo de rock progressivo dos anos 1970 chegou ao fim. Luiz Moreno foi tocar com sua nova banda "Original Orquestra" e depois foi com Elis Regina. Sérgio Hinds e Cezar das Mercês gravaram discos solos no ano de 1979. Sérgio Magrão junto com os irmãos Flávio e Cláudio Venturini, Vermelho e Hely Rodrigues decolaram com a nova banda 14 Bis.
Em 1982, Sérgio Hinds reatou O Terço com Ruriá Duprat (teclados), Zé Português (baixo) e Franklin Paolillo (bateria), lançando o disco "Som Mais Puro". O disco contou com a participação de Vinícius Cantuária, tocando e compondo em parceria com Hinds algumas faixas do disco. A banda gravou neste disco uma versão mais compacta da música instrumental "Suíte", composta por Flávio Venturini que o grupo costumava tocar nos concertos, mas nunca havia gravado. Depois o grupo teve um novo recesso. Sérgio Hinds lançou seu segundo disco solo, intitulado "Mar", no ano de 1986. Na década de 1990 Sérgio Hinds reuniu o grupo periodicamente, com formações diversas, para a gravação de novos trabalhos.
Por volta de 2001, Flávio Venturini fez um concerto no DirecTV Hall em São Paulo e convidou nada mais nada menos que seus velhos companheiros dos anos dourados de O Terço. O público pôde ver (ou rever) Sérgio Hinds, Cezar de Mercês, Sérgio Magrão e Moreno novamente juntos no palco e tocando as músicas do grupo nos anos 1970. O Terço, ao menos por um breve período de tempo, estava reunido novamente. A partir daí, os músicos sentiram novamente a mesma química e a emoção daquela época e resolveram armar um retorno "definitivo". Começaram então os ensaios para o retorno do grupo. A idéia era a gravação de um disco ao vivo com algumas faixas inéditas. Porém um acontecimento interromperia os planos da banda: o baterista Luiz Moreno sofreu uma parada cardíaca e faleceu, levando o grupo a desistir temporariamente da idéia do retorno. Com o apoio da esposa de Moreno, Irinéa Ribeiro, o grupo resolve continuar o projeto. O trio Sérgio Hinds, Flávio Venturini e Sérgio Magrão, junto com o baterista Sérgio Mello resolvem seguir em frente. Em 2005, enfim, o grupo marca as datas dos três concertos (no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais). O primeiro foi dia 4 de maio no Canecão (RJ), onde foi gravado o DVD do grupo também. Nesta noite o grupo tocou quase todas as músicas dos discos "Criaturas da Noite" (75) e "Casa Encantada" (76), além de "Tributo ao Sorriso" (70), "Suíte" (75) e "P.S. Apareça" (96), e o concerto contou com as ilustres participações de Marcus Vianna, Ruriá Duprat, Irinéa Ribeiro e o quarteto de cordas Uirapuru. Na ocasião, foi lançado um CD de um concerto que O Terço fez em 1976, no Teatro João Caetano (RJ). Em 2007, o CD e DVD foram enfim lançados.

Discografia
Compactos
§  Velhas Histórias (1970)
§  Tributo ao Sorriso (1970)
§  O Terço (compacto duplo) (1971)
§  Adormeceu / Vou Trabalhar (1971)
§  Ilusão de Óptica / Tempo É Vento (1972)
§  Criaturas da Noite (compacto duplo) (1975)
§  Hey Amigo / Pano de Fundo (1975)
§  Shining Days, Summer Nights / Fields on Fire (1976)
§  Amigos / Barco de Pedra (1977)

Álbuns de estúdio
§  O Terço (1970)
§  Terço (1973)
§  Criaturas da Noite (1975)
§  Creatures of the Night (em inglês) (1976)
§  Casa Encantada (1976)
§  Mudança de Tempo (1978)
§  Som Mais Puro (1983)
§  O Terço (1990)
§  Time Travellers (em inglês) (1992)
§  Compositores (1996)
§  Spiral Words (em inglês) (1998)
§  Tributo a Raul Seixas (1999)

Álbuns ao vivo
§  Live at Palace (1994)
§  Ao Vivo no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro (gravado em 1976) (2005)
§  Ao Vivo (gravado em 2005) (2007)