The Dark Side of the Moon é o oitavo álbum de estúdio do Pink Floyd, lançado em 1 de março de 1973. O disco marca uma nova fase no som da banda, com letras mais pessoais e instrumentais menores, contendo alguns dos mais complicados usos dos instrumentos e efeitos sonoros existentes na época, incluindo o som de alguém correndo à volta de um microfone e a gravação de múltiplos relógios tocando ao mesmo tempo.
Os temas explorados na
obra são variados e pessoais, incluindo cobiça, doença mental e
envelhecimento, inspirados principalmente pela saída de Syd Barrett, guitarrista
que deixou o grupo em 1968, depois que sua saúde mental se deteriorou. O
conceito básico do disco foi desenvolvido quando a banda estava em turnê, e
muito do novo material foi apresentado ao vivo muito antes de ser gravado. A
banda produziu o trabalho no Abbey Road Studios de Londres em
diferentes seções em 1972 e 1973 ao lado do produtor Alan Parsons.
Engenheiro de som, ele foi o responsável pelo desenvolvimento dos elementos
sonoros mais exóticos presentes no disco, a capa, que traz um prisma sendo
atingido por um feixe de luz transformando-o em um arco-íris, desenvolvida
para representar a iluminação de palco da banda, o conteúdo íntimo das letras e
para atender os pedidos da banda por um trabalho "simples e
marcante".
O álbum foi um sucesso
imediato, chegando ao topo da Billboard 200 nos Estados
Unidos e já fez mais de oitocentas e três aparições na parada desde então,
tendo vendido mais de quinze milhões de cópias e estando na lista dos álbuns
mais vendidos da história no país, também no Reino Unido e na França,
com um total de cinquenta milhões de cópias comercializadas mundialmente até
hoje. A obra também recebeu aprovação total dos fãs e aclamação da crítica especializada,
sendo considerado até hoje um dos mais importantes álbuns de rock de
todos os tempos.
Depois do lançamento do álbum Meddle,
a banda se reuniu para uma turnê pelo Reino Unido, Estados Unidos e Japão,
e enquanto ensaiava no Broadhurst Gardens Studios em Londres, o grupo
começou a ter ideias para um novo disco, embora criar material novo não fosse a
prioridade na época. Durante uma reunião na casa do baterista Nick
Mason, o baixista Roger Waters, propôs que o novo material fosse apresentado já
naquela nova turnê, contando que sua principal ideia era criar canções que
focassem em coisas que "cansam as pessoas", assim como na pressão que
os integrantes sofriam por seu estilo de vida e os problemas envolvendo o
ex-integrante Syd Barrett, que teve de deixar o grupo depois que sua saúde
mental se deteriorou, e todos concordaram, gostando da ideia de letras mais
pessoais; o vocalista David Gilmour já havia declarado em entrevistas
que também achava que a banda vinha tocando canções muito indiretas, e que as
mensagens deviam ser mais "claras e específicas", opinião que todos
os demais integrantes compartilhavam.
Roger, David e Nick,
junto com o tecladista Richard Wright trabalharam juntos na criação
de material novo, e Roger gravou as primeiras fitas demo em um pequeno
estúdio em sua casa em Londres. A banda começou a ensaiar seu material
novo em segredo em um pequeno armazém de Londres que pertencia ao Rolling
Stones, e depois mudaram para o Teatro Rainbow, na mesma cidade, e
aproveitaram a ocasião para comprar novos equipamentos, incluindo amplificadores,
uma mesa de mixagem e um conjunto inteiro de iluminação de palco. A
banda decidiu realizar um concerto com suas novas canções, antes mesmo de
gravá-las, a ser realizado no próprio Rainbow, e para isso o grupo providenciou
para que mais de nove toneladas de equipamentos fossem levadas até o teatro, e
o novo trabalho foi temporariamente apelidado de The Dark Side of the
Moon, mas depois de descobrirem que o título já havia sido usado pela banda Medicine
Head, foi decidido que o futuro disco se chamaria Eclipse, mas
pouco tempo depois a banda descobriu que o álbum do Medicine Head havia sido um
fracasso comercial e o voltaram a usar o nome inicial.
Mesmo antes de finalizar
a gravação em estúdio, a banda iniciou a turnê The Dark Side of the
Moon Tour, que durou de 1972 até 1973 e contou com datas nos Estados
Unidos, Canadá e Europa, permitindo que a banda revisse e
melhorasse as canções a cada noite; O concerto Dark Side of the Moon: A
Piece for Assorted Lunatics foi realizado pela primeira vez no Rainbow
em 17 de fevereiro de 1972 com uma plateia formada apenas por
jornalistas e críticos, e recebeu avaliações muito boas de quase todos os
presentes; Michael Wale, do jornal The Times, escreveu que o
espetáculo "trás lágrimas aos olhos", e Derek Jewell, do jornal The
Sunday apontou que a ambição da banda era "enorme"; por
outro lado, a avaliação na revista Melody Maker foi menos
favorável, apontando que musicalmente, as ideias eram grandiosas, mas que o
efeito sonoro dava a impressão de que as pessoas estavam dentro de uma jaula em
um zoológico. As novas canções foram apresentadas quase que na mesma ordem em
que foram lançadas no disco posteriormente, mas o som apresentava algumas
diferenças quanto ao som lançado mais tarde, principalmente devido à falta de sintetizadores e
aos momentos em que eram lidos alguns trechos da Bíblia no começo de
algumas canções. A banda seguiu fazendo pausas estratégicas na turnê para
realizar as gravações em estúdio, realizando o último concerto novamente no
Teatro Rainbow em 4 de novembro de 1973.
O álbum foi gravado no Abbey
Road Studios, em Londres, em diferentes seções entre maio de
1972 e janeiro de 1973. A banda trabalhou ao lado do produtor Alan
Parsons, com quem já haviam trabalhado no disco Atom Heart Mother e
que já era famoso por produzir vários álbuns dos Beatles. Para as sessões,
foram usadas as técnicas mais avançadas disponíveis na época, sendo o Abbey o
único estúdio naquele tempo que realizava a chamada gravação multicanal,
que permite o registro em separado de múltiplas fontes de som para criar um
resultado final coeso, e a banda usava tantas fontes diferentes e fazia tanto
uso do equipamento que os custos diários superavam o de qualquer outro álbum
até então.
Em 1 de junho de
1972, "Us and Them" tornou-se a primeira faixa a ser gravada, seguida
seis dias depois por "Money"; Roger Waters havia criado vários
efeitos sonoros para essa canção usando dinheiro de verdade, sobretudo moedas,
usando a técnica de loop, inédita até então nos discos do grupo. As
próximas faixas a serem gravadas foram "Time" e "The Great Gig
in the Sky", e depois a banda fez uma pausa de dois meses para ficarem em
casa com suas famílias e se prepararem para uma nova série de apresentações nos
Estados Unidos. As gravações sofreram diversas interrupções, muitas delas por
razões banais, como o fato de, por diversas vezes, Roger abandonar as sessões
para ir assistir partidas de futebol de seu time favorito, o Arsenal,
ou assistir a série Monty Python's Flying Circus na televisão,
e durante esse tempo Alan Parsons ficava no estúdio trabalhando com o material
disponível.
Em janeiro de 1973, a
banda se reuniu no estúdio para gravar as canções restantes, "Brain Damage",
"Eclipse", "Any Colour You Like" e "On the Run",
aproveitando também para realizar pequenas modificações nas faixas já gravadas;
para o vocal de apoio em "Brain Damage",
"Eclipse" e "Time" foi usada um pequeno coral de quatro
mulheres, e Dick Parry foi contratado para tocar o saxofone em
"Us and Them" e "Money". Assim que as gravações foram
finalizadas, a banda iniciou uma nova turnê pela Europa.
"O mágico de
Oz"
Quando o álbum é tocado
simultaneamente com o filme de 1939 O Mágico de Oz ocorrem
algumas correspondências entre o filme e o álbum.
A sincronização é
conseguida fazendo pausa (de preferência a versão em CD) mesmo no principio e
parando a pausa quando o leão da MGM ruge pela terceira vez.
Os membros do Pink Floyd
desmentem qualquer relação entre o álbum e o filme e afirmam que não poderia
esta relação ser planejada por não poderem reproduzir o filme no estúdio, por
não existirem na época os videogravadores.
Faixas
Lado A
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1.
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"Speak to Me"
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2.
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"Breathe"
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3.
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"On the Run"
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4.
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"Time" (incluso "Breathe (reprise)")
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5.
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"The Great Gig in
the Sky"
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Lado B
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1.
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"Money"
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2.
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"Us and Them"
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3.
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"Any Colour You Like"
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4.
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"Brain Damage"
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5.
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"Eclipse"
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